segunda-feira, 25 de abril de 2011

desabafo e manual de sobrevivência escrito depois de outro dia esquisito,as 2h da manhã após ler notícias sobre violência e ver a mesma na janela de casa:

O ser humano é patético, procura sempre ser racional mas em momento de fraqueza se destroi em prantos emocionais.
Assim, quando a ponte está destruida entre o emocional e a razão, tudo parece acabado, mas não está. São só momentos de fraqueza, a vida é um ioio. As pessoas são protagonistas e coadjuvantes de novelas e jornais , reclamam, observam esse mundo caótico, e não percebem e esquecem que vivem a ótica desse teatro que estão atuando ( como em uma matéria de jornal ,após uma grande tragédia depois de deliciarem o seu fabuloso café matinal, desligam a sua tv e esperam as cenas do próximo diário da vida real, o jornal matinal sem o questionamento, não passa de uma novela em tempo real), mas eu percebo que é esse o encaminhamento humano, da violência, ou da percepção dela no meio, parece que ao ver violência em outros lugares que não seja no espaço de nosso domínio ( O LAR), acabamos pensando que estamos seguros. Como O SER HUMANO é egoísta, a segurança e tudo o que diz respeito há questões humanas só é discutida no momento que afeta a nós mesmos. Nós iludimos e fantasiamos através de várias instituições, um mundo melhor através de leis melhores, através de noções de religião melhores, através do laço familiar mais compreensivo, através de ilusões romanticas que desejamos serem recíprocas ( o casamento, o namoro), mas no final não percebemos que são todos elementos extremamentes individuais que ilusóriamente a sociedade e nós mesmos consideramos coletivos. Cuidemos de nos mesmos, para depois cuidarmos dos outros, porque percebo que a vida será esquisita se não for de outra maneira. Invejo Jesus Cristo e os habitantes do mundo antigo, ou Che Guevara e sua geração pós guerra, invejo Buda, invejo Maomé, invejo essas pessoas e gerações que tiveram propósitos e sonhos que eram norteados fora do ambito individual, pensaram em um coletivo e assim mudaram ou tentaram mudar a estrutura de suas gerações (através da racionalidade, apesar de usarem os semblantes da emoção), talvez seja isso que devamos fazer, pensar mais em agir, em propor novas idéias e não esperar catasfrofes para pensar em mudar. O mundo está ai e devemos conquista-lo com essas idéias. O mundo é feito de idéias baseadas em questionamentos vividos. Então vivamos com intensidade para sermos teoricos não só de nossas vidas, mas de toda a sociedade.

autor: Adriano Valenga Arruda